Tudo começou na cidadezinha de Basildon no condado inglês de Essex,  quando um garoto de 16 anos chamado Martin Gore colecionador de  compactos e fã de Bryan Ferry comprou um teclado. O segundo passo foi  chamar dois ex-colegas de escola Andrew Fletcher e Vince Clarke que  dividiam seu tempo entre empregos aborrecidos e uma banda chamada No  Romance In China, especializada em covers do Cure. 
Ainda sem um nome definido o trio foi visto por Daniel Müller  fundador do selo independente Mute Records, abrindo um show da banda Fad  Gadget em Dezembro de 1980, e convidou o grupo para participar de uma  coletânea o LP tinha o nome de Some Bizarre Álbum que reuniam grupos  novatos, entre eles B-Movies, Blancmange, The Fast Set, The The e Soft  Cell. A faixa escolhida foi “Photographic”. 
A primeira apresentação do grupo aconteceu na escola Saint Nicholas  onde Martin Gore e Andrew Fletcher estudavam. Logo depois gravaram uma  fita demo e enviaram para todos os clubes de Londres onde conseguiram  uma vaga para tocar no Bridgehouse Club num evento batizado de "Noite  Futurista". Só faltava um vocalista e um nome. David Gahan um ex-punk e  estudante de estilismo trouxe a voz e um nome retirado de uma revista de  moda francesa algo como depressa moda ou moda passageira - Depeche  Mode. A maior duvida de seus integrantes era abraçar o pop deslavado ou a  experimentação eletrônica. O grupo passou os anos 80 atormentados entre  a descartabilidade e a eternidade. O lançamento de Speak & Spell  encontrava o Depeche Mode em condição de sucesso garantido, a decepção  foi a saída de Vicent Clarke pouco antes da primeira turnê Britânica,  Clarke abandonou o Depeche Mode, por motivos até hoje não muito claros,  Clarke se revelaria um ótimo compositor e mais tarde com Andy Bell  formaram o Erasure. Não deu outra em setembro de 1981 "Just Can't Get  Enough" explode nas pistas de dança do mundo inteiro, uma das poucas  letras assinadas por Clarke. Com a saída que Clarke, o Depeche Mode  abriu as portas para Alan Wilder que achou o Depeche Mode nas paginas de  um classificado do seminário Melody Maker. 
A primeira turnê americana logo depois do lançamento de A Broken  Frame em 1982, explodiu em popularidade no EUA, aos poucos o som da  banda começou a mudar, o tecnopop começou a receber influência do rock  industrial no álbum Constrution Time Again é considerado um divisor de  águas na história da banda, quando ela entra definitivamente no cenário  musical, com composições mais obscuras, profundas e sonoramente mais  industrial. Nesse álbum em que o Depeche Mode começou a amadurecer  vertiginosamente, caindo em uma depressão romântica e obscura que seria  fundamental no próprio estilo da banda. 
Some Great Reward de 1984,  traz a tona faixas como People Are  People é um dos principais singles da carreira da banda, sendo um  mega-sucesso nos E.U.A. e Reino Unido, alcançando a posição 13 e 4,  respectivamente. No entanto, não é uma das musicas favoritas da banda,  por ser muito comercial, e também é a que o compositor Martin Gore menos  gosta, por sua mensagem ser explícita demais. 
Em contrapartida, Master And Servant é bem menos comercial, tratando  de sado-masoquismo e abusos morais com um clima dançante e forte; foi  censurada nos E.U.A., mas a pressão foi grande dos ouvintes em cima das  rádios e acabou sendo liberada. Blasphemus Rumours outra faixa de  sucesso, disco de platina nos Estados Unidos, foi uma reflexão a partir  da religião até o suicídio de uma garota, a musica causou represaria por  parte de organizações conservadoras, nesta ocasião Andrew declararia a  imprensa: 
" Nos não fazemos musicas somente para dançar. "
As turnês mundiais se estendiam e no Japão quase se tornaram uma  religião e trouxeram na bagagem o disco Black Celebration, o primeiro  lançado no Brasil na época. É um dos melhores da banda pelos críticos e  fãs, devido a mudança definitiva da banda para uma natureza gótica,  sombria e depressiva. Um disco pesado emocionalmente com musicas  sombrias onde a sonoridade eletrônica tem identidade forte. 
O álbum não trouxe nenhum grande sucesso, mais é cheio de singles  que a grande maioria dos fãs consideram favoritos, como Stripped, A  Question Of Lust, A Question Of Time e Black Celebration.
Em 1986 eles gravam Music for the Masses e explodem novamente nas pistas de dança com StrangeLove e Behind the Wheel.  
Foi a primeira vez que o Depeche Mode usou uma guitarra. Esse álbum  marca o que foi considerado pela crítica um verdadeiro "salto musical". Á  partir deste, o Depeche Mode quebrou barreiras, se estabeleceu como um  dos maiores representantes da música eletrônica e um dos mais influentes  grupos alternativos da sua época. 
O álbum fez um estrondoso sucesso nos Estados Unidos e espalhando a  fama da banda pelo mundo definitivamente. Foi considerado um álbum  bastante experimental e ainda um dos melhores dos anos 80, também devido  à decisão do Depeche Mode de abandonar os samplers e partir para um som  mais experimental, usando sintetizadores analógicos. Esse álbum é  constantemente citado como uma grande inspiração para a emergente música  eletrônica do início dos anos 90 e até mesmo bandas de Rock  Smashing  Pumpkins e Deftones admitem terem sido fortemente inspirados pela banda e  por esse álbum em especial.
Com 10 anos de carreira, Violator é o álbum do Depeche Mode, de 1990,  disco é lembrado como a obra-prima da banda, um dos mais importantes da  música eletrônica e um dos melhores da história, com uma variedade de  músicas muito bem aproveitada, arranjos diferentes e inspirados com uma  composição sólida de ambas as letras e harmonia. 
O álbum foi a maior de todas as transformações sonoras da banda,  abandonando definitivamente o Synth Pop e samplers dos anos 80 e se  dedicando a sintetizadores analógicos em prol de uma espécie de "Rock  eletrônico dançante", que posteriormente seria chamado de Synth Rock. É  um dos mais influentes álbuns do Depeche Mode, inspirando bandas como  Pet Shop Boys e Smashing Pumpkins. 
Nunca um álbum de música eletrônica havia causado tanto frisson e  alcançado tamanha popularidade assim desde Music For The Masses do mesmo  Depeche Mode e Power, Corruption and Lies do New Order. Todos os seus  singles fizeram um enorme sucesso e se tornaram clássicos instantâneos  do grupo. É um álbum chave na história da música eletrônica, já que no  mesmo ano a "Dance Music" explodiria no mundo todo, com Depeche Mode  quase pastoreando o fenômeno. 
A música Personal Jesus virou uma mania no mundo todo e é  constantemente colocada entre as melhores de todos os tempos, como um  importante single, best-seller e uma faixa de ótima qualidade. Tem uma  batida country, energia contagiante e fortíssima composição. 
O Mega-Hit do álbum, na verdade, é Enjoy The Silence, uma das mais  populares músicas  do Depeche Mode e colocada como uma das rainhas da  Música Eletrônica, ao lado de Bizarre Love Triangle do New Order, Robots  do Kraftwerk e West End Girls, dos Pet Shop Boys. 
Agora pare respire fundo e esqueça tudo o que você já ouviu sobre os  magos da sofisticação eletrônica, sim o Depeche Mode é rock, Songs of  Faith and Devotion é a primeira vez que o Depeche Mode usou uma bateria  acústica, sendo um álbum muito importante na história da banda por causa  das várias influências de rock pesado, grunge e até gospel em suas  letras e ritmos, contando com a presença de duas ótimas Backing Vocals. 
É bastante inovador e fez um grande sucesso no mundo todo, tomando  de assalto o primeiro lugar tanto nos Estados Unidos (na Billboard)  quanto no Reino Unido, também disco de platina nos E.U.A. Um disco suave  religioso e introspectivo. Desde seu nascimento em 1981 o Depeche Mode  foi classificado e reconhecido pelo seu trabalho que aliou o romantismo e  uma sonoridade eletro pop. O novo disco é bastante diferente, Martin  Gore obcecado por letras que falam de sexo e religião, escreveu sobre o  pecado, piedade, dor e absolvição. "Nunca fui cristão, mas sempre senti  atração pela crença", conta Martin Gore. O vocalista David Gahan  salientou que a intenção do álbum foi "levar as pessoas a encontrar o  espiritualidade". 
Lançou os sucessos I Feel You, Walking In My Shoes, Condemnation, Rush e In Your Room. 
Foi apoiado pela Devotional Tour, a maior turnê do Depeche Mode até  hoje. Nessa época, o sucesso da banda era gigantesco e os colocava no  top das bandas alternativas. A turnê foi tão bem sucedida que teve que  ser estendida e seu palco alterado, dando origem a Exotic Tour que  contou com duas grandes apresentações no Brasil em 1994 e a Summer Tour,  exclusiva dos norte-americanos, com shows tomando todo o verão. Foram  14 meses de turnê e aproximadamente 159 shows.
Para quem se chama moda passageira, os 17 anos são um desafio. Em  1997 o Depeche Mode chegou lá. Para que tentou se suicidar nós últimos 2  anos 2 vezes e depois das crises depressivas por causa da heroína, e  sim chegou ser declarado clinicamente morto por 2 minutos sabe se la  como voltou a vida depois de uma overdose de cocaína e heroína juntas,  David Gahan está cantando como um Pavarroti da pop music. Depois de  perder um dos seus principais integrantes Alan Wilder que deixou a banda  devido o desgaste entre as relações, renascido das agulhas, David Gahan  resolveu, então, seguir o exemplo de tantos outros roqueiros, juntou-se  aos dois companheiros remanescentes, Martin e Andrew juntos desde  formação da banda ajudaram a dar um toque de caráter e seriedade além de  elegância ao contestado tecnopop dos anos 80. Uma década depois eles  chamam o Bad Boy das pick ups Tim Simenon, o Bomb the Bass em carne e  osso para produzir uma obra mais uma vez elegante e inspirada. A dance  music do Depeche Mode não se restringe apenas as pistas de dança.  Profunda as vezes até depressiva é uma ótima musica para o fim de noite.  ULTRA. O seu lançamento foi marcado com certa tristeza e ao mesmo  tempo, desconfiança dos fãs em relação à qualidade do álbum. Mas na  verdade, é mais outro excelente material da banda e um álbum marcante na  história do Depeche Mode, sendo esse o mais sombrio e pesado álbum da  carreira da banda. Disco de Ouro no Brasil, enfim o Depeche Mode renasce  das cinzas e traz a musica eletrônica novamente a um patamar único de  genialidade. 
Precursores da cena eletrônica e tendo influenciado meio mundo, de  góticos a nu-metal, os ingleses do Depeche Mode são uma das pouquíssimas  bandas dos anos 80 que não caíram no ridículo. Continuam lançando  discos que, mesmo não sendo mais tão inovadores quanto os anteriores,  continuam excelentes. Exciter é uma surpresa bem-vinda, considerado  pelos fãs o acústico do Depeche Mode e pela critica considerado o melhor  disco da banda desde o indispensável Violator aprimorando mais o seu  som eletrônico-soturno, a banda mantém-se atual sem cair em clichês,  o  vocalista Dave Gahan continua injetando dramaticidade na dose certa em  todas as músicas, com sua voz magnífica os arranjos e letras de Martin  Gore são de bom-gosto, um álbum elegante.  Desde “Dream On”, a faixa de  abertura, nada é gratuito em Exciter. Um disco calmo equilibrado cheio  de faixas calmas, mas de qualidade auditiva indiscutíveis, e que só  lembra o velho Depeche Mode na faixa mais eletrônica e agitada, Free  Loved. 
Com 25 anos na estrada e mais de 90 milhões de álbuns vendidos,  em  2005 o Depeche Mode declara-se "energizado e revigorado" Playing The  Angel foi criado mais rápido que os dois últimos CDs da banda e, pela  primeira vez, inclui três faixas escritas por Gahan. Outro fato inédito é  que o produtor Ben Hiller co-produziu o disco com os integrantes do  grupo.  
Robert Smith do The Cure fez uma "brincadeira" com a banda da qual é  fã declarado e declarou no site oficial do The Cure que iria  processá-la devido ao suposto plágio da criatura da capa de Playing the  Angel em relação ao seu álbum Boys Don't Cry, mas era só uma peça de  primeiro de abril. 
Suffer Well e Precious ficaram em primeiro lugar na parada "US Dance  Hot Club" da Billboard, sendo que Suffer Well foi indicada ao Grammy  por "Melhor Gravação Dance" em 2006. 
Ainda em 2006 Depeche Mode levou o prêmio de melhor Banda no MTV  Europe Music Awards Andrew Fletcher esteve lá para receber o prêmio que  foi conquistado graças aos milhares de fãs que elegeram pela internet o  Depeche Mode como a melhor banda de 2006.  
A disputa não foi nada fácil, pois concorriam com as bandas The  Black Eyed Peas, Red Hot Chili Peppers, The Pussycat Dolls e Keane. 
"Sounds Of The Universe" lançado este ano, não traz maiores  reminiscências do início da carreira do Depeche Mode. Dave Gahan, Martin  Gore e Andrew Fletcher continuam sombrios, com letras depressivas e  resvalando no rock industrial. Mas, peraí... Isso não é uma crítica. Em  "Sounds Of The Universe", o Depeche Mode se mostra o verdadeiro...  Depeche Mode. 
O diferencial de um grande artista é saber se atualizar, fazendo  trabalhos originais sem perder a sua essência. E o Depeche Mode,  certamente, é a banda que melhor consegue fazer isso atualmente. "Sounds  Of The Universe" é sombrio. Mas qualquer um vai notar que ele é o  caminho natural que a banda está trilhando. A música continua para as  massas. Mas agora as massas já estão acostumadas - e sabem o que esperar  .Em "Sounds Of The Universe" é fácil observar porque o Depeche Mode,  quase 30 anos após a sua fundação, permanece tão influente.  Diferentemente de diversas bandas que surgiram nos anos 80 - algumas em  atividade até hoje - Martin Gore e companhia sabem se atualizar sem  perder a essência, ao invés de requentar estilos e sonoridades antigas  para agradar aos saudosistas, o Depeche Mode se transforma e apresenta  canções novas e originais, sem qualquer ranço de nostalgia. 
A sonoridade e os timbres alcançados em "Sounds Of The Universe" beiram o fantástico em alguns momentos.  
O primeiro single do álbum, "Wrong", por exemplo, mostra um Depeche  Mode simples, mas, ao mesmo tempo, cheio de referências, ao misturar os  sintetizadores típicos de seus trabalhos iniciais a algo mais pesado e  sombrio que transita entre "Songs Of Faith And Devotion" (1993) e  "Exciter (2001). "In Chains", com os seus barulhinhos, é outro grande  destaque, que segue o mesmo nível de "Wrong".
Com quase 30 anos de carreira a moda passageira talvez seja uma das a  bandas com um dos fãs mais fiéis da musica, se alto denominam devotos,  por que Depeche Mode ultrapassa em muitos momentos a admiração e vira  uma religião a Tour do álbuns Sounds of the Universe, denominada Tour  the Universe, será o show que veremos em Buenos Aires com certeza será  um espetáculo único e imperdível, o Depeche Mode pode provar que é como  os bons vinhos. 
01 - Just Can't Get Enough ( live ) - Erasure 
02 - Just Can't Enought - Depeche Mode 
03 - World in My Eyes - The Cure 
04 - World in My Eyes - Depeche Mode 
05 - Waiting For The Night - Portishead 
06 - Waiting for the Night - Depeche Mode 
07 - Never Let Me Down Again - The Smashing Pumpinks 
08 - Never Let me Down Again - Depeche Mode 
09 - Master & Servant - Nouvelle Vague 
10 - Master and Sevant - Depeche Mode 
11 - Enjoy The Silence - Tanghetto 
12 - Enjoy the Silence - Depeche Mode 
13 - Enjoy The Silence - Originally Per
Voz,texto e set list: Luis Fernando 
Edição de som & Imagens: Maurilio Santos
http://www.4shared.com/audio/vHcy3C8j/Depeche_Mode_Undergrounder.html